
"We've got plenty of time, we're not going anywhere"
De vez em quando há obras que nos tocam pela sua simples mensagem. E uma vez que estamos cansados de ver filmes deste género: o típico caso do falhado que perde o emprego, a namorada e sente-se perdido, sem rumo, sem objectivo - Everything's Gone Green é uma abordagem diferente.
Amor e dinheiro, tudo se resume a isso. A questão aqui não é quanto dinheiro uma pessoa tem - porque sabemos que quanto mais tivermos mais chances temos de conseguir aquilo que queremos - a questão é como chegar a ele sem nos perdermos. Podemos escolher a via fácil e corrompermos os nossos valores, seremos, provavelmente, mais ricos do que alguma vez poderiamos imaginar, mas rapidamente perdemos a nossa essência. Ou podemos escolher a forma difícil mas que, em última instância, nos vai permitir saber dar valor àquilo que temos. Com mais ou menos escrúpulos todos acabamos por nos corromper, ainda que possa ser só uma pequena parte, de uma forma ou de outra acabamos por nos curvar para não ter de passar por um caminho desnecessariamente difícil. Mas, no fim do dia, temos de conseguir viver connosco próprios. E isso pode realmente ser o mais difícil.
Tal como diz a tagline, esta é uma nova espécie de comédia. Talvez não tão inovadora quanto isso, mas ainda assim diferente, porque não nos faz rir quando era suposto, faz-nos olhar por cima do ombro em busca da certeza de que ninguém se apercebeu que aquele - podiamos ser nós.

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